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Trabalho em alta tensão: profissão perigo

O trabalho em alta tensão – superior a 1.000 V (volts) em corrente alternada conforme a NR 10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade) – engloba geração, transmissão e distribuição de energia. Os serviços executados no chamado Sistema Elétrico de Potência (SEP) representam aproximadamente 5% das tarefas que envolvem eletricidade no país e, salvo algumas exceções, cabem aos profissionais de concessionárias. Expostos diariamente a altos riscos, que podem resultar em acidentes com lesões graves ou morte, esses trabalhadores dependem, mais do que atenção constante e redobrada, de uma impecável gestão de SST, o que inclui medidas preventivas de controle e medidas de proteção coletiva. Quando a proteção coletiva for tecnicamente inviável ou insuficiente, devem ser adotados os Equipamentos de Proteção Individual.

A desenergização da rede elétrica é uma das medidas de proteção coletiva preconizada pela NR 10 para trabalhos em alta tensão. No entanto, cada vez mais, esses serviços vêm sendo executados em linhas de transmissão e distribuição energizadas, para não descontentar clientes e nem deixar serviços essenciais, como os de saúde, desatendidos. Afinal, a interrupção de uma linha de transmissão pode afetar cidades inteiras ou até mesmo estados, assim como a interrupção em uma rede de distribuição pode afetar ruas e bairros. Dessa forma, a adoção de procedimentos que minimizem a exposição dos trabalhadores aos riscos, como a construção de instalações elétricas seguras e o uso de EPCs e EPIs, são essenciais, assim como a adequada capacitação desses profissionais.

Fonte: Revista Proteção