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Ruído e trabalho em turnos podem estar associados à hipertensão arterial sistêmica

Data: 07/03/2018 / Fonte: Roberta Coimbra Velez de Andrade e Rita de Cássia Pereira Fernandes*

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) constitui um importante problema de saúde pública da atualidade, com uma prevalência de 22,7% (em 2011) para a população brasileira com idade superior a 18 anos. É o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e foi a primeira causa de morte no Brasil no ano de 2008, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, a HAS pode ser definida como o aumento sustentado da pressão arterial (PA) sistólica ou diastólica com medida igual ou maior a 140 e 90 mmHg, respectivamente, detectado em duas aferições realizadas em momentos distintos.

Sabe-se que a etiologia da HAS é multifatorial. Entre os fatores associados ao seu desenvolvimento estão idade, gênero, etnia, excesso de peso e obesidade, ingestão de sal e de álcool, sedentarismo, hereditariedade e fatores socioeconômicos. Ademais, discute-se na literatura internacional a exposição a fatores ocupacionais como um risco independente para o desenvolvimento de hipertensão. Alguns estudos apontam ruído, trabalho em turnos, e exposição a alguns agentes químicos como associados ao aumento dos níveis pressóricos. Outros artigos relacionam o estresse no ambiente de trabalho, como um fator biopsicossocial associado à hipertensão. Nesse contexto, é introduzido o conceito biológico do estresse e seu efeito sistêmico, no qual a ativação adrenérgica, por meio da liberação de hormônios reguladores da pressão arterial, promoveria vasoconstrição periférica e, consequentemente, elevação dos níveis pressóricos

FONTE: Revista Proteção