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Não ao álcool e outras drogas

Conscientizar e educar os empregados no sentido da prevenção do uso indevido e da posse de álcool e outras drogas de forma a desenvolver dentro da organização o conceito de corresponsabilidade com a Saúde e a Segurança no Trabalho. Esses foram os principais objetivos traçados e alcançados pelo ‘Mina Viva – Programa de Prevenção do Uso Indevido de Álcool e Outras Drogas’, implementado na unidade Mina de Serra Azul da ArcelorMittal Mineração Brasil. Tais ações resultaram na conquista do troféu Ouro na categoria Qualidade de Vida no Trabalho do Prêmio Proteção Brasil 2018. O segundo lugar ficou com a Itaguaí Construções Navais e o ‘Programa Mergulhando na Saúde’. A iniciativa tem como metas criar hábitos saudáveis entre os empregados por meio de alimentação balanceada e incentivo à prática de atividade física diária.

Além de promover um ambiente mais seguro, o ‘Mina Viva – Programa de Prevenção do Uso Indevido de Álcool e Outras Drogas’ tem como metas a promo-ção e a preservação da saúde dos trabalhadores da ArcelorMittal Mineração Brasil, contribuindo para a melhoria das relações na empresa e no ambiente familiar e social. A iniciativa, em prática na Mina de Serra Azul (Itatiaiuçu/MG), conquistou o primeiro lugar na categoria Qualidade de Vida no Trabalho do Prê-mio Proteção Brasil 2018. “A empresa entende que a melhoria da qualidade de vida dos seus empregados é a base de todas as suas práticas”, afirma o gerente de SST, o engenheiro de Seguran-ça do Trabalho Juliano Dalla Rosa. Ele complementa que o Mina Viva é uma das estratégias de proteção, pois reconhece que empregados, no local de trabalho, sob influência de álcool ou de qualquer outra droga psicoativa, podem colocar em risco a segurança de todos.

Multinacional com sede em Luxemburgo, uma das líderes no mercado global de aço, a ArcelorMittal tem 29 unidades de negócios no Brasil, entre elas, a Mineração Serra Azul. Localizada a 65 quilômetros de Belo Horizonte, produz, principalmente, minério concentrado e granulado, e conta com 325 empregados próprios e 400 terceirizados. Conforme Juliano, entre as ferramentas de gestão ocupacional estratégica da empresa, uma das principais é a gestão de riscos, que atua com foco no reconhecimento dos perigos, na classificação dos riscos e na prevenção de acidentes. E para que os bons resultados na área de SST sejam mantidos, diversas ações são colocadas em prática com o objetivo de fazer com que a valorização da vida seja parte da cultura de todos. Uma delas é justamente o Mina Viva, iniciado em 2013 na unidade a partir da preocupação com os efeitos que o álcool e outras drogas podem causar à integridade física e psí-quica dos trabalhadores e das pessoas que estão em torno, causando, inclusive, queda na produtividade, absenteísmo e falta de motivação no trabalho.

Segundo dados do BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento), o Brasil perde por ano US$ 19 bilhões devido ao absenteísmo, acidentes e enfermidades causadas pelo uso do álcool e outras drogas. E números da OIT (Organização Internacional do Trabalho) indicam que de 20% a 25% dos acidentes de trabalho no mundo envolvem pessoas intoxicadas que machucam a si mesmas e a outros. “O uso de drogas lícitas e ilícitas traz riscos à vida das pessoas. Os acidentes de trabalho tornam-se mais prováveis, a produtividade do trabalhador diminui e o desempenho do funcionário tende a se tornar inconstante”, observa o engenheiro. Ele complementa que tudo isso põe em risco, não só a vida do profissional e de seus colegas, mas, também, o emprego dele. “As faltas, os atrasos, os acidentes e as indenizações prejudicam a sustentabilidade das empresas e aumentam os gastos com saúde e Previdência. O caminho é a preven-ção”, ressalta.

CONSCIENTIZAÇÃO

Juliano relata que, para o desenvolvimento do Mina Viva, foi necessário conscientizar e educar os empregados para a prevenção do uso indevido e da posse de álcool e outras drogas de forma a desenvolver dentro da organização o conceito de corresponsabilidade com a Saúde e a Segurança no Trabalho. Essa conscientização foi feita por meio de campanhas de comunicação e sensibilização e da assinatura do termo de consentimento sobre o programa. Além disso, toda a equipe de saúde foi treinada para abordagem e condução adequada quanto aos procedimentos do programa, assim como os gerentes, supervisores e líderes foram capacitados quantos às condutas e responsabilidades. Também dentro do programa, são feitos testes toxicológicos periódicos – inicialmente por uma consultoria externa e, desde 2015, por profissionais internos de SST capacitados. “Esses testes são válidos como um instrumento de prevenção quando inseridos em um programa que objetive a recuperação do empregado e não a demissão”, enfatiza.

Conforme Juliano, com o aumento significativo da realização dos testes no decorrer dos anos, os resultados mostram que as informações repassadas durante a sensibilização dos empregados produziram efeitos para tornar o ambiente de trabalho mais seguro, reduzindo a possibilidade de adoecimentos e acidentes relacionados ao uso indevido de álcool e de outras drogas. Ele relata que, desde o início do programa até o momento (2013 a 2018), houve redução de 87% no número de testes positivos para o álcool e de 95% no número de testes reagentes para outras drogas. As ações também contribuíram para a redução do absenteísmo (passou de 2,18% para 0,92%), de atestados médicos (-88,4%) e dias perdidos (-81,5%) na unidade, além do aumento na segurança operacional das atividades. “Não foi registrado nenhum tipo de ocorrência (pessoal ou material) relacionada ao uso de álcool e outras drogas após a implementação do programa”, comemora.

Fonte: Revista Proteção