São Paulo/SP – Férias e finais de semana são motivos de alegria, diversão e descanso. Porém, para cerca de um terço da população trabalhadora (33%) essas `pausas no trabalho’ são sinônimos de tensão e não são suficientes para superar a exaustão da qual estão acometidos.
O fato é que o bem-estar e até mesmo a produtividade estão estreitamente relacionados à angústia e insegurança com o trabalho. A crise econômica e o medo do desemprego pioraram a situação entre os brasileiros.
Uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma-BR), em 2016, revelou que cerca de 33% dos brasileiros economicamente ativos apresentam sintomas da Síndrome de Burnout.
Ou seja, quase 1 em cada 9 profissionais está dentro de um ciclo de esgotamento físico e psíquico por causa de condições extenuantes no ambiente de trabalho. O país está atrás apenas do Japão na lista elaborada pela Associação.
O estudo mostra ainda que 94% dos entrevistados relataram que se sentem incapacitados para trabalhar, mas continuam por medo de serem demitidos. Por trás dessa falta de `capacidade’ estão as três dimensões da síndrome. A primeira é a exaustão, que vai muito além do cansaço. Isso porque férias ou o final de semana não resolvem a fadiga. O problema ainda perpassa por um sentimento de `rua sem saída’ e despersonalização (ceticismo), além da falta de produtividade (ineficácia).
5 características que definem o Bournout
- Sensação constante de negatividade, como se nada fosse dar certo;
- Falta de vontade para fazer atividades sociais ou estar com outras pessoas;
- Falta de energia para manter hábitos saudáveis, como ir na academia ou ter um sono regular;
- Sentimento de que não se está fazendo o suficiente dentro e fora do trabalho;
- Dificuldade para gostar das mesmas coisas que se gostava anteriormente;
5 dicas para superar a doença
- Organize seu tempo, definindo suas prioridades;
- Preze pela qualidade de vida, reservando um tempo para o lazer, para a família e os amigos;
- Faça exercícios e/ou atividades que dão prazer;
- Fale com alguém de confiança sobre as dificuldades pelas quais está passando. É importante também conversar com seus superiores no trabalho sobre eventuais problemas que esteja enfrentando;
- Relaxe! Atividades como ioga, pilates e meditação podem ajudar muito.
Medicina do Trabalho
O médico do trabalho pode ajudar tanto na detecção inicial dessa doença quanto tratar dos fatores estressores psicossociais que possam vir a causá-la. Em caso de ocorrer, esse profissional tem chances de a identificar precocemente, para que haja um tratamento adequado e um desfecho favorável para a empresa e para o trabalhador.
A POSFG está com turmas de pós-graduação em Medicina do Trabalho abertas no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e João Pessoa. O curso é voltado a profissionais graduados na área das Ciências Médicas. As matrículas podem ser feitas no site www.posfg.com.br ou pelo 0800 600 3720.
Fonte: Revista Proteção